Hobbes (L:31-32) – pensar é calcular
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Excerto de HOBBES, Thomas. Leviatã. Tr. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril, 1974, p. 31-32
Será a ciência [Wissenschaft], apenas, um conjunto de poderes humanos, alçado a uma dominação planetária, onde seria ainda admissível pensar que a vontade humana ou a decisão de alguma comissão pudesse um dia desmontá-lo? Ou será que nela impera um destino superior? Será que algo mais do que um simples querer conhecer da parte do homem rege a ciência? É o que realmente acontece. Impera uma outra coisa. Mas esta outra coisa se esconde de nós, enquanto ficarmos presos às representações habituais da ciência.
Esta outra coisa consiste numa conjuntura [Sachverhalt] que atravessa e rege todas as ciências, embora lhes permaneça encoberta. Somente uma clareza suficiente, sobre o que é a ciência, será capaz de nos fazer ver esta conjuntura. Mas como poderemos alcançá-la? A forma mais segura parece ser uma descrição da atividade científica atual. Uma tal exposição poderia mostrar como, de há muito, as ciências se encaixam, de maneira sempre mais decidida e ao mesmo tempo cada vez menos perceptível, em todas as formas da vida moderna: na indústria, na economia, no ensino, na política, na guerra, na comunicação e publicidade de todo tipo. É importante conhecer este enquadramento. Todavia, para se poder apresentá-lo, devemos já saber em que repousa a essência da ciência. Pode-se dizê-lo numa frase concisa: "a ciência é a teoria do real". (Heidegger, Ciência e pensamento do sentido)
Excerto de HOBBES, Thomas. Leviatã. Tr. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril, 1974, p. 31-32
Excerto de CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Pesquisas de antropologia política. Tr. Theo Santiago. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
METZINGER, Thomas. The Ego Tunnel. The Science of the Mind and the Myth of the Self. New York: Basic Books, 2009
Extrato do início do primeiro capítulo, "Ancestrality", de MEILLASSOUX, Quentin. After Finitude. A Essay on the necessity of contingence. London: Bloomsbury, 2008.
BARBUY, Heraldo. O Problema do Ser e Outros Ensaios. São Paulo: EDUSP, 1984, p. 85-86.