Da mesma forma que se tentou estabelecer uma tipologia de tarefas, é necessário também que se elabore uma categorização que enfoque as pessoas, enquanto usuárias do SIG. Uma taxinomia que ofereça uma maior compreensão da variedade de usuários em contato com o SIG, e, portanto, da diversidade de requisitos impostos sobre o “ser-no-mundo” deste instrumental. Além da tradicional classificação, em níveis de aptidões do “noviço” até o “especialista”, baseada no expertise do indivíduo no problema ou no instrumento, propõe-se um espaço classificatório em três dimensões, que poderia oferecer uma descrição melhor do perfil dos usuários do SIG, tomando por base aspectos da interação pessoa-tecnologia:
- usuário que desenvolve em diferentes graus o SIG, combinando e transformando as entidades que o compõem, segundo o modelo figurativo, de acordo com as suas necessidades, inclusive definindo e implementando sua base espacial e de dados, assim como os parâmetros de seus algoritmos de análise e apresentação de resultados;
- usuário que opera o SIG já desenvolvido e implementado, desde o acionar apenas seus comandos de apresentação, impressão de resultados, e operação de outros dispositivos de sua configuração, até sua atuação em conexão com o SIG, dentro e fora da instituição onde se insere este último;
- usuário que controla, em diferentes níveis, a própria existência do SIG, garantindo sua disponibilidade em conformidade com objetivos institucionais, sociais, políticos, culturais e econômicos.