As técnicas de automação passam a ser necessárias quando surge o conceito de erro . Este conceito, por sua vez, surge quando uma teoria qualquer, relativa a um dado fenômeno, é vista apenas como um modelo (ou seja, uma entidade que não esgota todas as possibilidades) do fenômeno. As “brechas” entre o modelo e a realidade experimentada possibilitam a noção de erro.
Suponhamos que a caixa d’água de uma casa, no último andar, seja enchida com a ajuda de uma bomba no primeiro andar. Se houver uma certa continuidade no consumo da água, o sistema pode funcionar sozinho desde que a bomba reponha uma quantidade de água equivalente à água consumida na caixa. Este “pode funcionar sozinho” significa ser desnecessário um operador supervisionando ou controlando o funcionamento da bomba. Mas suponha-se que, em dada oportunidade, a água deixe de ser gasta. A bomba trabalhando continuamente terminará por fazer arrebentar a caixa d’água. Qual a maneira de se evitar, de se corrigir este problema? Desligando-se a bomba. De que modo poderemos fazer isso com certa facilidade, sem se exigir um operador constantemente junto à bomba?
Vejamos. O modelo do sistema em causa prevê a continuidade do gasto da água. Dentro deste modelo a bomba é construída e dimensionada. Mas o modelo nem sempre corresponde à realidade. O sistema será automatizado se fizermos com que a bomba seja desligada toda vez que a água dentro da caixa ultrapassar um certo nível. Este nível de referência será a medida física do erro que o modelo deixa passar em confronto com a realidade, (v. modelo, erro, feedback e feedforward).