CHAZAL – ESPELHO AUTÔMATO

O filósofo Gérard Chazal de forma entusiasta resolveu pensar a informática, tendo como princípio de sua reflexão o poder que esta nos oferece de “espelhar” o pensar humano, e assim nos possibilitar uma melhor compreensão deste. Tanto a cognição como a própria razão se refletem na tecnologia, de modo que investigando esta constituição deste objeto técnico, o computador, é possível entender cognição e razão humanas.

Este é seu primeiro livro, tendo como subtítulo “Introdução a uma Filosofia da Informática”[^CHAZAL, Gérard. Le miroir automate. Introduction à une philosophie de l’informatique. Seyssel: Champ Vallon, 1995], de uma sequência que pretendo resumir as principais teses, aproveitando para debater os pontos levantados. A seguir a estrutura dos temas tratados segundo o índice do próprio Chazal.

Índice das Matérias

  • O campo de uma investigação filosófica

O fenômeno informático

  • Informática e inteligência artificial

  • O artifício e o artificial: por uma antropologia pelo artifício

  • O signo e a questão da “confiança semântica”

  • Pode-se reduzir a informática a um método?

  • Do abandono do reducionismo a um retorno a Aristóteles

  • A técnica e o espelho

Descartes e o Tratado do Homem

  • A herança de Descartes

  • Os perigos do espelho

  • A ambição da Inteligência Artificial

  • O sentido e o símbolo

Os problemas ligados à noção de símbolo

  • Crítica do dualismo do sentido e da forma

  • A conquista do sentido

  • Convenções sob constrições

  • O poder da linguagem binária: leitura informática de Leibniz

  • A máquina formal: o “quarto chinês”

  • A questão lógica

J.R. Lucas e o teorema de Gödel

  • J. Searle e as limitações dos formalismos

  • A forma e o conteúdo: crítica do formalismo kantiano

  • A questão do verdadeiro

  • Dos problemas da negação ao poder do negar e à noção de sujeito

A Negação, o Verdadeiro e o Falso

  • Outras dificuldades ligadas à negação

  • O poder de negar

  • Por uma noção de sujeito

  • O corpo e o espírito

O digital e o analógico

  • As relações do todo a suas partes

  • A simulação do espírito: a representação das crenças

O programa neurótico

  • O funcionamento do “programa neurótico”

  • Os limites do “programa neurótico”

  • A “máquina ideológica”

  • Dissolução das formas e morfogênese: o poder de perceber

A compreensão artificial da imagem

  • O neuromimetismo: por uma outra informática

Funcionamento das redes e convergências com as ciências físicas

  • O cérebro artificial

  • Uma outra informática

  • Interfaces no horizonte

Dos sistemas abertos às interfaces

  • A intuição do infinito: a noção de horizonte

  • O horizonte da história

  • Para concluir

Por uma filosofia da analogia

  • Questionamento de alguns dualismos tradicionais

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