DE CASTRO – ESTRUTURA ABSOLUTA DE ABELLIO
Um sistema informacional-comunicacional (SIC), baseado em computador, como qualquer sistema, se constitui através de um processo. A exemplo de qualquer processo, também percorre etapas para sua constituição. Não apenas aquelas etapas mais explícitas e visíveis, consagradas pelos engenheiros de sistemas em suas metodologias de desenvolvimento tecnológico, que preconizam uma materialização progressiva do objeto técnico, desde sua idealização até sua concretude “física”, como instrumento ou ferramenta de trabalho. Ou seja, etapas não só constitutivas do objeto técnico, mas também instituintes de um “eu apropriador” do objeto técnico, um “ser-com” o instrumento ou ferramenta.
Na visão de Raymond Abellio [^1], um processo mais denso e complexo está se desenvolvendo na constituição de um objeto técnico, que é o processo de gênese ou de instituição do “ego”. Um processo em que consciência e técnica se configuram, sob tensão permanente, como polos de uma díade, na instituição deste ego. Em outras palavras, consciência e técnica são, neste processo, o zênite e o nadir, ou seja, os extremos de um eixo ordenador na gênese e desenvolvimento do ego.
Esse processo cujas etapas respondem pela instituição do ego e pela constituição do objeto técnico, simultaneamente, responde também pela ascensão progressiva da Razão a um determinado lugar e papel, no indivíduo e na sociedade. Dado o próprio caráter “iniciático” do processo, Abellio identifica as suas etapas a “ritos de passagem” na gênese do “ego”. Usando, com reservas, uma terminologia religiosa, Abellio denomina as etapas da gênese, “sacramentos”, que etimologicamente significariam “fazimentos sagrados”.
Entre o momento da concepção e do nascimento, quer dizer durante a gestação, faço parte das águas indiferenciadas no seio de minha mãe. Não sou ser-no-mundo mas ser-antes-do-mundo. Já uma questão se coloca: qual é este “Eu” que fala aqui e que tem ele de comum com este outro “Eu” imerso em seu limbo? De imediato deparo com a contradição ou ilusão de toda explicação genética, que não saberia jamais ser uma explicação radical no sentido que se apoia sempre sobre o saber atual disto que a gênese deve justamente explicar. De imediato, me acho tratando do inacabado em termos de acabado, e digo inocentemente: Eu fui ou Eu sou, enquanto Eu resto a ser. É um fato: o Eu que fala aqui é meu Eu atual, tal qual ele se tornou, e ele coloca apenas um olhar objetivante, e por conseguinte alienante, sobre este embrião que ele foi e cujo olhar ele jamais conheceu. E nada, com efeito, não me permite afirmar que o embrião também não tinha seu olhar, embora este seja para mim como se jamais tivesse sido. Toda reserva deve ser feita desde o inicio sobre o caráter imperfeito da visão deste “Eu”, que é, pode-se dizer, duplamente inocente, no sentido que é inocentemente objetivo pois vê meu embrião de fora, como um objeto banal semelhante a todos os embriões humanos, e também inocentemente subjetivo pois se associa a uma visão “humana”, provavelmente provisória e em todo caso localizada e limitada deste embrião. [1965, p. 37.]
Desta maneira, percebe-se que todo discurso radical sobre a gênese do ego, ou seja, sobre sua plena instituição, em sua dimensão espacial e temporal, será, portanto, uma tentativa para nos fazer sair da objetividade e da subjetividade “ingênuas”[^No sentido husserliano, semelhante ao de “atitude natural”.], e pode-se mesmo pensar que esta necessidade que tenho de destacar em tudo estruturas invariantes, e mesmo esta confiança intuitiva que tenho deste termo estrutura, indicam justamente minha crença nesta possibilidade de “ir além” das aparências.
A Estrutura Absoluta
(Esquema-resumo da obra La structure absolue. Essai de phénoménologie génétique de Raymond Abellio).
- Introdução
- A esfera senário universal
- Estrutura da percepção e gênese do "Eu"
- Relações e proporções
- As etapas da gênese do "Eu": concepção, nascimento, batismo, comunhão, põem o batismo como percepção da primeira relação e a primeira comunhão como percepção da primeira proporção.
- As noções de relação e de proporção e o par amplitude-intensidade.
- A intensidade enquanto estreitamento ou preenchimento do tempo vivido
- A visão empírica escava o espaço, a visão transcendental estreita e preenche o tempo.
- Acomodação e assimilação.
- Fenomenologia estática e fenomenologia genética.
- Processo-chave da intensificação: visão natural e visão transcendental.
- A primeira comunhão.
- A noção de proporção e a crise comunial enquanto crise de identificação.
- A inversão da inversão e a esfera senário universal
- Toda intuição é inversão intensificadora de inversão pelo intermédio de um de nossos sentidos. De uma relação final invertida por relação a uma relação inicial, ela faz invertendo esta inversão mesma uma nova relação inicial.
- Dois exemplos.
- A esfera senário universal.
- Percepções voluntárias e percepções involuntárias: estrutura da imaginação e da lembrança.
- Estrutura da intensificação
- Passagem das percepções sensoriais às intuições eidéticas
- A intuição eidética é igualmente de estrutura senária. Mas enquanto a intuição sensorial põe em jogo uma intensidade simples, a intuição eidética põe em jogo uma "intensidade de intensidade".
- Estrutura das intuições eidéticas.
- A emergência do Eu transcendental e a noção de "constituição"
- A intuição do Eu transcendental aparece como um ek-stase suprema envelopando o último senário e se colocando também em seu centro. Por ela começa a atividade "constituinte" do Eu.
- As noções de objeto em-si e de sujeito puro.
- A transfiguração da coisa em "sobre-coisa"
- O senário que é a estrutura de todos os níveis, quer dizer de todos as estases, é também a estrutura dos intervalos entre os níveis, quer dizer ek-estases. Mas a redução fenomenológica extrai coisas e reinclui nelas essências mais e mais "elementares". Ela transfigura as coisas em "sobre-coisas".
- A noção de sobre-coisa.
- Regressão e paroxismo.
- Problemas de metodologia estruturalista
- Na medida onde as ciências ditas humanas se tronam "estruturalistas", a aplicação do método fenomenológico permite de aí se sistematizar a noção de estrutura e de constituir geneticamente e dialeticamente estas ciências.
- Um exemplo de redução incompleta: a análise eidética e a estruturação das funções na empresa industrial.
- Problemas de método nas ciências humanas.
- Estrutura da ação e estrutura da arte
- Ciência e conhecimento
- A incorporação da ciência produz o conhecimento. Somente este último é transfigurador.
- O "fazer" e a "maneira de fazer"
- O "fazer" se eleva sobre o "ver" como a intensidade sobre a amplitude. A "maneira de fazer" se eleva sobre o "fazer" como a intensidade sobre a intensidade.
- Visão, ação e arte.
- Meu corpo e meus utensílios.
- Autenticidade da visão, inautenticidade da ação, autenticidade da arte.
- Referência à tradição: significação da dualidade de Jesus Cristo.
- A sucessão integrante dos senários
- Todo ato, que é de estrutura senária, emerge de uma antiga sequência de senários e funda uma nova. Também a unicidade de todo "momento presente" não pode ser evocada a não ser por uma sequência esférica de três senários correspondendo respectivamente à visão, à ação propriamente dita e à arte coroando a ação e constituindo uma outra visão, este triplo senário representando a estrutura a mais reduzida e mais geral de todo "quantum" de tempo.
- O triplo senário enquanto estrutura do momento presente.
- Nascimento, co-nascimento, re-nascimento.
- Dois textos chaves.
- Nova referência à tradição
- Pelo dogma do sabbat, do jubileu ou sabbat de sabbats e do sabbat de jubileus, a tradição hebraica se refere ao papel eminente do senário, do duodenário e do triplo senário.
- Fundamentos ontológicos
- Estrutura do ser e do ente
- Análise intencional e problema do ser
- A análise intencional, que constitui o essencial do método fenomenológico e que permite superar o velho problema da dualidade do sujeito e do objeto, implica no entanto como mais "originário" o pensamento mesmo do objeto ou do mundo oferecidos à intencionalidade da consciência. Donde a necessidade de um "envelopamento" ontológico da fenomenologia.
- Transcendência do Eu e radicalidade da experiência.
- A noção de constatável-por-todos não é absurda.
- O por entre parênteses o "Eu".
- Do "Eu" ao "Nós" e ao "Si".
- O "aberto" heideggeriano e a dialética do ser e do ente
- A estrutura do ente humano aparece aberta sobre dois movimentos inversos e antagonistas: a apreensão e a compreensão do Ser total por um lado, a visão dos entes particulares por outro lado, o que inscreve esta estrutura na esfera do senário.
- Crucifixão do ente humano no "Aberto".
- Espera e posição do ser causa-de-si
- O inefável, enquanto fenômeno de ser, revela a ele mesmo o ser causa-de-si.
- Do ser do fenômeno ao fenômeno de ser.
- O inefável enquanto fenômeno de ser.
- O poder de designação das essências é transfenomenal.
- Substantivização e substancialização.
- Estrutura e transfenomenalidade
- Trata-se do mesmo, falar da transfenomenalidade da consciência ou considerar esta última como "pura" estrutura, sem outro "conteúdo" a não ser esta estrutura mesma.
- Estrutura dos comportamentos
- Um exemplo de constituição do ser causa-de-si: a correlação do medo e da angústia
- A angústia e o medo estão entre elas na relação de ser-em-si a ser causa-de-si e ilustram, nas sua subida simultânea, a intensificação sem fim, no mundo e em todo existente, da opacidade e das transparência, da uniformidade e da especificidade, ou em outros termos, da entropia e da consciência.
- O medo enquanto intensificação que leva à resolução da angústia.
- A subida "simultânea" das angústias e dos medos.
- Do "reflexo" ao "poder"
- O reflexo se associa à exterioridade de uma atitude repetitiva e não transcendida, o poder à interioridade de uma conduta não repetitiva e transcendida.
- Universalidade do estado de angústia enquanto motor imóvel do par redução-integração.
- A hierarquia "natural" dos comportamentos
- O estudo empírico dos comportamentos animais ou humanos permite ver em operação o par redução-integração na multiplicidade mais e mais estendida e intensificada das relações de cada existente com o mundo, e de organizar estes comportamentos não mais em modo linear mas esférico, segundo o tipo universal da estrutura senário.
- Caráter universal da não mobilidade e passagem ao simbolismo.
- Melodia, ritmo, harmonia
- As relações recíprocas da melodia, do ritmo e da harmonia permitem integrar todas as relações inerentes à hierarquia natural dos comportamentos. Esta organização ela também está estruturada pelo senário. Ela estabelece o problema da constituição esférica do tempo.
- Estrutura do tempo e da história
- Teoria geral da oscilação de relaxação
- Na sequência integrante dos senários, todo "momento presente" é animado por uma anti-simetria onde a acumulação potencializada e a relaxação atualizante se respondem em uma oscilação perpetuamente repetida. A oscilação é assim a melhor representação plana da estrutura do tempo.
- Divisibilidade do corpo.
- A dupla transcendência das ek-stases do tempo
- A dupla transcendência é fundamentada pelas duas distâncias que constituem a tríade do tempo na sua decomposição em passado, presente e futuro.
- Virtualidade e potencialidade.
- As duas memórias.
- Da matriz do corpo.
- Recorrência indefinida da história
- Não existe fatos puramente "objetivos". Pelo jogo da segunda memória, a função de re-historialização perpétua da história retoma sem cessar a sucessão em modo e amplitude dos fatos e a intensifica no eterno presente da inteligência absoluta.
- O paralelismo da ontogênese e da filogênese.
- A noção de "ciclo" de história.
- A noção de "crise".
- Constituição do Ocidente
- O Ocidente enquanto lugar do nous transcendental
- A todo momento da história, é o Ocidente do momento, enquanto civilização "avançada", que é o lugar histórico da emergência do Nous transcendental nadificando a história.
- A dialética do par Leste-Oeste.
- A Europa enquanto polo de inversão entre os Estados Unidos e a Rússia.
- Ocidentalização do hemisfério Norte.
- Estruturas geopolíticas e estrutura de parentesco
- A estruturação completa do hemisfério Norte, na sua diacronia e sua sincronia, pode ser descrita em termos de estruturas parentais e parece notadamente ilustrar o problema do avunculato.
- Estruturas abertas do Leste e do Oeste.
- Simbolismo do ternário China-Japão-Califórnia.
- Marxismo e sacerdócio
- Enquanto física da entropia social, o marxismo não pode se dar conta do sacerdócio invisível que é transcendente a toda entropia.
- Não existe sociedade "fechada".
- Redução eidética do marxismo: a noção de proletariado.
- Ascese espiritual e ascese marxista.
- A "casta" dos padres.
- Fundamentos de teologia e de antropologia
- O par Pai-Mãe e a processão do Filho
- A deidade enquanto senário-septenário
- O Indeterminado ou deidade, enquanto Ser absoluto, envelopa o senário-septenário primordial. Este é formado pela cruz equatorial do Pai e da Mãe, que, por sua rotação eterna, projeta o Filho sobre o eixo vertical bipolar de sua encarnação e de sua assunção igualmente eternas, que constituem juntas a elevação da cruz.
- A deidade una, enquanto resolução dos contraditórios.
- Dualidade assimétrica dos dois pares do ativo-passivo e do passivo-ativo em estado eterno de permutação circular.
- O jogo amplificante dos duplos e a projeção intensificante do Filho.
- A dualidade vertical da deidade e do Filho
- O Filho procede da inversão intensificadora da deidade por ela mesma.
- Androginia do Filho eterno.
- As gravitações ad intra e ad extra e a paixão divina
- As concepções precedentes permitem fundar uma teologia da positividade mas igualmente da negatividade.
- O Ocidente enquanto lugar de exploração da negatividade divina.
- Função do Filho
- O Filho se define por uma função dupla: ele transforma em inversão de inversão vertical a dupla inversão horizontal do par Pai-Mãe; ele intensifica para ele a deidade.
- As noções de infinito e de transfinito no Filho.
- Matematização do par Pai-Mãe e do Filho.
- Numerologia dos Paroxismos
- Tradução matemática dos componentes do ser.
- A impulsão crística e o par Lucifer-Satã
- Emanação e formação
- A manifestação da deidade se efetua pela "emanação", segundo o modo de constituição do fogo individível, ou por "formação" segundo o modo de construção dos três outros elementos: água, terra e ar.
- A processão dos Sefiroth.
- A verdadeira estrutura sefirótica não é triangulação mas organização esférica quadraturada.
- O casamento do Filho.
- O Cristo e a lei do movimento descendente
- O antagonismo crescente embora perpetuamente equilibrado de Lucifer e de Satã é correlativo da permanente impulsão crística.
- O conflito da ética e da estética e sua resolução religiosa
- A dupla transcendência recíproca de Lucifer e de Satã é geradora de dois sofrimentos complementares e irredutíveis, aqueles da verdade e da beleza, de onde procede o perpétuo conflito da visão e da arte ou da ética e da estética.
- Os dois sofrimentos.
- Correlação dos místicos e das morais.
- As pessoas divinas como hipo-stases
- É o resto da ingenuidade ligada a toda visão natural que, em lugar de nos apresentar o Filho como ek-stase, nos apresenta-o como hipo-stase.
- O Homem completo
- O Filho e a Filha
- Em modo de formação, quer dizer na irreversibilidade do tempo, a deidade toma na "partida" do Filho um caráter masculino e no seu "retorno" um caráter feminino. Estes dois modos são aqueles da visão para ele do Filho.
- Rigor e clemência.
- A "feminização" do Filho
- A todo instante, para a visão absoluta, a masculinidade e a feminilidade do Filho estão equilibradas. Mas, no desenvolvimento de sua visão para ele, o Filho transforma uma masculinidade ativa e uma feminilidade passiva "originais" igualmente equilibradas, mas que lhe são dadas em amplitude, em uma masculinidade e uma feminilidade ao mesmo tempo ativas e passivas que se dá a ele mesmo em intensidade. Ele transforma assim seu ser em-si divino em ser causa-de-si crístico.
- Sexualização do Filho.
- Potencialidades e virtualidades no Filho.
- Dialética da duplicação
- A passagem da unidade à dualidade exige a mediação de um infinidade, mas de uma infinidade vista em modo de amplitude. Esta infinidade, vista em modo de intensidade, quer dizer reunificada, funda, a cada termo da série de duplas, um novo nível de ser.
- O exemplo da mitose.
- Caráter transfinito do número 2.
- A "cronaxia" como quantum de tempo. Os limiares de com-possibilidade cronáxicos
- A excitabilidade nervosa obedece a leis ditas de isocronismo que põem em jogo a relação da unidade e do número dois. Encontramos aqui o sentido profundo da oscilação de relaxação.
- Amobilidade do isocronismo.
- Papel da repetição.
- Sexualidade, plexualidade, cerebralidade
- Sexualidade, plexualidade e cerebralidade estão correlacionadas em um senário perpetuamente aberto, a dualidade sexual (vista em modo de amplitude) se intensificando na unidade plexual (vista em modo de intensidade) pelo intermediário da infinidade cerebral.
- Correspondências bipolares entre o cérebro e o sexo.
- Da mulher "última" e de sua "frigidez".
- Constituição do homem e prostituição da mulher.
- A constituição da homossexualidade
- A "normalidade" não esgota a globalidade. Mas a homossexualidade não pode "equilibrar" a heterossexualidade a não ser saindo do campo do casal, onde ela não é estruturável nela mesma. Deve-se então considerá-la como uma atividade "extra-mundana" que concorre à intensificação disruptiva e à transmutação do mundo.
- O "casal" homossexual.
- Estetismo e homossexualidade.
- Homossexualidade e neotenia.
- A transfiguração do corpo
- Genética da esfera dos sentidos
- Na superfície do corpo, os órgãos dos sentidos organizam a esfera intermediária que faz comunicar o Eu enquanto centro e a esfera do mundo enquanto envelopador geral. Nosso corpo possui perifericamente seis sentidos dialeticamente ligados em uma evolução-involução geral. O sexo total é ao mesmo tempo primeiro e último sentido e todos os outros procedem dele para, ao final, se fundir nele e o fundar.
- Homogeneidade e heterogeneidade absolutas.
- Genética da anisotropia.
- Classificação natural dos sentidos.
- Processão filogenética dos sentidos.
- Retorno à ontogênese.
- O sexo considerado como sentido integrado-integrante.
- Genética do intelecto
- O intelecto se mantém ao mesmo tempo no centro e no topo do ser.
- A ubiquidade do intelecto.
- Posse e comunhão.
- As cascas do corpo
- Na esfera dos sentidos e por eles, o corpo se constitui em seis cascas "sucessivas" correspondendo em dois ternários, o corpo físico, o corpo psíquico e o corpo intelectual, em seguida, o corpo demiúrgico, o corpo ético e o corpo crístico, a seguir, os corpos do segundo ternário não estando em um só refluxo respiratório da esfera que a intensificação global daqueles do primeiro, que se sucedem, eles, para-nós, em modo de amplitude.
- Organização senária das cascas "sucessivas".
- O ternário dos corpos "superiores".
- Primeira morte e segunda morte
- A noção de primeira morte está ligada a uma visão ingênua: aquela da destruição do corpo físico. A noção de segunda morte está ligada a uma visão transcendental: aquela da intensificação "última" do corpo intelectual.
- A primeira morte.
- A segunda morte.
- A tripartição do organismo humano e a ilusão do envelhecimento e da morte
- É preciso cessar de fazer da morte um fato individual enquanto estase e inseri-la no conjunto dos processos cósmicos, enquanto ek-stase.
- Pensamento, sentimento, vontade.
- Genética dos três estados.
- O homem entre a terra e o sol.
- "Sobrevivência" da consciência.
- Anexos
- Um exemplo de constituição: a Dinâmica das Funções sociais
- Administração das coisas.
- Governo dos homens.
- Teogênese e Numerologia.
A estrutura fornecida resume a complexa obra de Raymond Abellio. Sugere-se focar na relação entre a análise intencional e o problema do ser, que é central para os fundamentos ontológicos da estrutura absoluta, ou em algum aspecto dos fundamentos de teologia e de antropologia.
[^1]: ABELLIO, Raymond. La Structure Absolue. Paris: Gallimard, 1965.
ABELLIO, Raymond. Approches de la Nouvelle Gnose. Paris: Gallimard, 1981.
ABELLIO, Raymond. Manifeste de la Nouvelle Gnose. Paris: Gallimard, 1989.