O filósofo Gérard Chazal de forma entusiasta resolveu pensar a informática, tendo como princípio de sua reflexão o poder que esta nos oferece de “espelhar” o pensar humano, e assim nos possibilitar uma melhor compreensão deste. Tanto a cognição como a própria razão se refletem na tecnologia, de modo que investigando esta constituição deste objeto técnico, o computador, é possível entender cognição e razão humanas.
Este é seu primeiro livro, tendo como subtítulo “Introdução a uma Filosofia da Informática”1, de uma sequência que pretendo resumir as principais teses, aproveitando para debater os pontos levantados. A seguir a estrutura dos temas tratados segundo o índice do próprio Chazal.
Índice das Matérias
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O campo de uma investigação filosófica
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O fenômeno informático
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Informática e inteligência artificial
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O artifício e o artificial: por uma antropologia pelo artifício
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O signo e a questão da “confiança semântica”
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Pode-se reduzir a informática a um método?
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Do abandono do reducionismo a um retorno a Aristóteles
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A técnica e o espelho
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O sentido e o símbolo
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Os problemas ligados à noção de símbolo
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Crítica do dualismo do sentido e da forma
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A conquista do sentido
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Convenções sob constrições
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O poder da linguagem binária: leitura informática de Leibniz
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A máquina formal: o “quarto chinês”
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A questão lógica
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J.R. Lucas e o teorema de Gödel
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J. Searle e as limitações dos formalismos
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A forma e o conteúdo: crítica do formalismo kantiano
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A questão do verdadeiro
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Dos problemas da negação ao poder do negar e à noção de sujeito
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A Negação, o Verdadeiro e o Falso
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Outras dificuldades ligadas à negação
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O poder de negar
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Por uma noção de sujeito
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O corpo e o espírito
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O digital e o analógico
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As relações do todo a suas partes
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A simulação do espírito: a representação das crenças
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O programa neurótico
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O funcionamento do “programa neurótico”
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Os limites do “programa neurótico”
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A “máquina ideológica”
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Dissolução das formas e morfogênese: o poder de perceber
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A compreensão artificial da imagem
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O neuromimetismo: por uma outra informática
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Funcionamento das redes e convergências com as ciências físicas
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O cérebro artificial
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Uma outra informática
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Interfaces no horizonte
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Dos sistemas abertos às interfaces
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A intuição do infinito: a noção de horizonte
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O horizonte da história
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Para concluir
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Por uma filosofia da analogia
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Questionamento de alguns dualismos tradicionais
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und
CHAZAL, Gérard. Le miroir automate. Introduction à une philosophie de l’informatique. Seyssel: Champ Vallon, 1995 ↩