O computador de qualquer geração que seja, é uma implementação da denominada “máquina universal” de Turing. Esta, por sua universalidade se apresenta como “potência de todos os possíveis”. No caso do sig, virtualiza o geógrafo pela concepção e implementação de um “geógrafo virtual” como um conjunto de possibilidades que guarda em potência. Sua capacidade de realizar operações segundo uma lógica formal sobre dados simbólicos, registrados como sinais digitais, garante a passagem da virtualidade da representação geoespacial à atualidade das possibilidades desta representação cartográfica virtual com seus variados recursos de análise espacial. Desponta assim uma espécie de “geógrafo universal” que busca aparentar ser/estar sob o comando de seu utilizador/pesquisador. Sua base de dados armazena e oferece acesso ao “espaço geográfico” reconhecido como um conjunto de objetos espaciais que foram pulverizados de sua realidade analógica em sinais digitais que se referem às representações geométricas e topológicas e dados quantitativos e qualitativos, destes mesmos objetos espaciais.
Duas ideologias fundamentam o sig, imprimindo uma intencionalidade definitiva sobre este software enquanto vestimenta da máquina universal, travesti de “geógrafo virtual”, fazendo dele O QUE É, um engenho de representação e análise espacial. Estas ideologias, enquanto ideias mentoras da Modernidade, vão sustentar e garantir a constituição e instituição do SIG a partir do sig.