O meio sob a luz da com-posição não é neutro. Responde ao princípio da auto-organização, continuamente recolhendo e re-dispondo em sua plenitude os avanços da técnica, da ciência e da informática na constituição do mundo da informatização.
O mundo da informatização é uma nebulosa de sistemas em evolução. Dotada de autonomia independente das pessoas que a produzem, só se liga aos homens de maneira extrínseca. Como sistema autônomo, possui seus mecanismos próprios de crescimento e impõe uma lógica politônica aos outros sistemas de que se vale para crescer e desenvolver-se. Estes outros sistemas são, de um lado, os cérebros humanos e não as pessoas humanas e, de outro, as coisas materiais. Cérebros humanos são máquinas de criar informações e coisas materiais são energias de ação. O princípio-chave para se compreender o vir a ser e a evolução da informática é o princípio da auto-organização. Como os sistemas biológicos, os sistemas microeletrônicos se organizam de tal maneira que se vão complexificando por seus próprios dispositivos. Mas tal autonomia não exclui e sim inclui até a necessidade de ir buscar energias e insumos nos outros sistemas. Graças a interações e inter-relacionamentos entre os sistemas, a informatização aumenta sua complexidade, cresce e evolui. Assim, também no nível do terceiro mundo operam muitas das propriedades e características dos sistemas biológicos. Por isso é que a cibernética e a micro-eletrônica só podem evoluir e desenvolver-se em conexão com os cérebros humanos, de um lado, e com os sistemas materiais, de outro. O mundo da informatização progride por trocas com os dois outros. E são estas trocas que explicam por que todo desempenho cibernético tem dois polos, um polo lógico, que remete para as interações com o mundo subjetivo dos cérebros, e um polo micro-eletrônico que remete para o mundo material das coisas e dos objetos técnicos. (Carneiro Leão, 1992, pág. 100-101, grifo meu)
Os qualificadores técnico, científico e informacional, deste meio, indicam, por sua vez, algumas de suas propriedades.
Referências:
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Tese de Doutorado em Filosofia (UFRJ, 2005)
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