“O primário é sempre a ideia do homem sob a figura de um plano mnésico-informacional, que precisa ser erigido em grupos de sinais (códons, palavras) junto a uma posição de recepção”1. [526]
Gerhard Zerbe, Das Archiv Jur genetische Information im Lichte der Kybernetik. Die ersten 30 Stunden des Lebens (O arquivo para informação genética à luz da cibernética. As primeiras 30 horas de vida). Zeitschrift fur Psycho-somatische Medizin, XI, 1965, pp. 2-22.
Adivinhações: ↑
O que é isso? → A representação cibernética do homem — representa-se o mundo, no qual tais figuras andam por aí.
“Uma característica, contudo, distingue o ser humano dos outros animais de uma maneira, que não deixa a mais mínima dúvida: ele é um animal, que fala”2.
Linguagem (em comparação com a “alma”) “acessível a métodos científicos de investigação” —
O que é linguagem — é determinado pelo método científico.
“Linguagem” — como “comunicação” (= troca de notícias — trânsito de notícias) (técnica de trânsito), cf. 3.
“O que é, afinal, essa comunicação, que é tão humana e tão essencial?”
(“Viver ativamente significa viver com uma informação adequada”, 114)
“Teoria da comunicação”
Problema de condução da regulamentação: primado da comunicação —exemplo, técnica de armas de guerra.
“Nós podemos, portanto, construir uma bateria antiaérea, que observa por meio de seu modo de construção o decurso estatístico do movimento do próprio avião alvo, inserindo-o em um sistema de regulação e, por fim, utilizando esse sistema de regulamentação, a fim de ajustar rapidamente a posição de defesa e o movimento do avião”, 66.
A bateria antiaérea “observa” o avião alvo —
“insere”
“utilizar”
“ajustar”
Trata-se da linguagem sob o título “O mecanismo da linguagem”.
É a linguagem que “mais” distingue o ser humano do animal, mas ela não é, contudo, uma propriedade reservada exclusivamente para o ser humano — (qual? Noticia!)
O ser humano — compartilha até certo grau essa propriedade com as máquinas por ele desenvolvidas, 78.
A linguagem é dada ao homem apenas como “uma disposição” — ele precisa aprendê-la.
Todos os sistemas de comunicação falam em aparelhos.
“O ser humano como aparelho final — um sistema de comunicação com três níveis claramente diferenciáveis”, 81.
1. Mecanismo de escuta e mecanismo cerebral (lado fonético)
2. O aparelho de recepção semântico
3. O plano comportamental da linguagem (transposição para ações)
“O que faz, portanto, com que não se consigo obrigar chimpanzés a falar, assim como não se consegue impedir crianças de falar”, 85.
“No homem, o impulso de usar uma linguagem qualquer [se] avia — diferentemente do macaco”.
“O chimpanzé não tem simplesmente nenhum mecanismo instalado, que o pudesse levar a traduzir sons ouvidos em ideias próprias ou em modos de comportamento complexos”, 86.
“A utilização da linguagem — depende no homem de sua capacidade extraordinária para aprender”, idem.
“Visto no todo, o fenômeno do falar humano parece ser um impulso originariamente próprio para cifrar e decifrar, e isso parece ser tão especial no homem quanto pode ser um interesse qualquer. Falar é o maior interesse e a mais exuberante realização do homem”, 87.
Não o tráfego aéreo, mas o “fluir de cá para lá de ideias e linguagem”.
“O âmbito de influência do homem estende-se tão amplamente quanto sua palavra e sua capacidade de percepção”, 95.
“Ver todo o mundo e dar ordens a todo o mundo é quase o mesmo que estar em toda parte”, idem.
Uma importância maior da comunicação em face da expedição material — a expedição material dos arquitetos europeus para a vigilância de uma obra nos Estados Unidos da América pode ser substituída completamente pela transmissão de notícias.
Portanto, dois tipos de comunicação
1. A saber a transmissão de matéria e
2. Transmissão apenas de informação.
“Por agora, um homem só pode sair de um lugar para o outro por meio de uma transmissão material e ainda não como notícia”. 96.
“Do ponto de vista da máquina de calcular há uma individualidade espiritual na gravação de seus programas anteriores e de seus conteúdos de memória e no prosseguimento de seu desenvolvimento em direções já estabelecidas”, 99.
“Repitamos nossa visão geral sobre informação. Um ser vivo como o ser humano está assentado em um mundo circundante, que ele percebe por meio de seus órgãos dos sentidos. Essa informação é coordenada por seu cérebro e por seu si fite ma central, submetido ao processo de gravação, comparação e seleção e vem, então, uma vez mais à tona por meio de órgãos de efeito, habitualmente músculos. Esses atuam, por sua vez, sobre o mundo exterior e também uma vez mais — de volta sobre os sistemas nervosos centrais; lá, a informação recebida pelo órgão kinestético é ligada com a provisão de informação já recebida e influencia, assim, o agir racional.
Informação, portanto, é um nome para o teor daquilo, que é trocado com o mundo exterior, quando nós nos deixamos adaptar a ele e ele sente isso”, 114.
“Viver ativamente significa viver com informação adequada”, idem.
Zerbe. O arquivo para a informação genética à luz da cibernética, op. cit., p. 20. ↩