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computador

O computador é um sintetizador de ilusões informacionais sobre o qual se manifestam as chamadas aplicações da informática, onde as estruturas de dados simbólicos pretensamente representativos de qualquer ato ou fato humano, estruturas estas operadas por algoritmos, formam uma “com-posição [Ge-stell] programática” (dados simbólicos + algoritmos) que pretende mimetizar modalidades ocupacionais do “ser-no-mundo”, ou apenas a partes ou um simples aspectos dele, após uma espécie de desconstrução e reconstrução, destas ocupações do ser-no-mundo, ou partes, ou aspectos dele, sob o modo digital de um modelo dito “informacional”. Em resumo, o computador é um engenho de representação.

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informatização

A informatização pretende assim ser a realização do real pelo virtual. O virtual realiza o real, no sentido de “tornar real” o real. Uma incongruência que, cada vez mais, faz sentido para um contingente crescente da humanidade conectada como periférico de tecnologias da informação, interligadas pela teia da Internet.

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informática

O “dar-se e propor-se da informática” culmina todo o avanço tecno-científico moderno, na expressão de um engenho de representação informacional/comunicacional, produto e produtor de um meio técnico-científico-informacional, dentro do qual a humanidade é cooptada, conduzida e regida pela exigência crescente dos ditames extra-técnicos da tecnologia neste dar-se e propor-se.

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sig

O sig é um software, ou seja a combinação de um programa de computador + uma base de dados geoespaciais + uma base de dados territoriais georeferenciados. É, de fato, uma camada de “algoritmos + dados” encapsulando uma tecnologia da informação. A tecnologia da informação aparece então travestida em “geógrafo virtual”, mimetizando sua capacidade de atender às necessidades de representação e análise espacial. Desde que sua base de dados geoespaciais e de atributos dos mesmos, esteja devidamente organizada, segundo o protocolo que o sig determina para tal. Uma vez esta fantasia de sig, preenchida com um “corpo” de dados, um sistema parece ganhar vida como SIG e poder ser exercitado para representação e analise geoespacial.

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representação

Diferenciando-se do percepcionar grego, o representar moderno, cujo significado é expresso aproximadamente pela palavra repraesentatio, quer dizer algo muito diferente. Re-presentar significa aqui trazer para diante de si o que-está-perante enquanto algo contraposto, remetê-lo a si, ao que representa, e, nesta referência, empurrá-lo para si como o âmbito paradigmático. Onde tal acontece, é o homem que, sobre o ente, se põe como imagem. Mas na medida em que o homem, deste modo, se põe como imagem, ele põe-se a si mesmo em cena, isto é, no círculo aberto do que é universal e publicamente representado. Com isso, o homem põe-se a si mesmo como a cena, na qual o ente doravante se tem de re-presentar, presentificar [präsentieren], [114] isto é, ser imagem. O homem torna-se no que representifica [Repräsentant] o ente, no sentido do que é objetivo. [Heidegger, GA5]

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SIG

O SIG é um Sistema de Informação resultante da coalescência de pessoas, de técnicas, de problemas e de organizações, dentro e conforme a um meio técnico-científico-informacional, constituído e instituído sob a regência metodológica de um software ‘sig‘, o qual:

  • converge diferentes tecnologias e distintas disciplinas…
  • potencializa as Geociências por sua virtualização…
  • integra técnicas e métodos de distintas disciplinas

Originariamente Geographic(al) Information System [GIS]

O movimento fundador da Cibernética nasceu em 1943, com a publicação de dois artigos clássicos. Primeiro, o artigo Comportamento, meta e teleologia, do matemático [wiki]Norbert Wiener[/wiki], do fisiologista [wiki]Arturo Rosenbluth[/wiki] e do engenheiro eletrônico [wiki]Julian Bigelow[/wiki], sobre uma possível base de analogia entre os seres vivos e as máquinas, a partir da qual seria possível explicar o comportamento animal pela causalidade circular que religa os organismos e seu ambiente (o famoso feed-back). O artigo foi consagrado pois se acreditava então, que finalmente o inextricável problema da teleologia do ser vivo começava a ter uma solução mecanicista.

Referências:

Tese de Doutorado em Filosofia (UFRJ, 2005)

DE CASTRO, M. C. O que é informática e sua essência. Pensando a “questão da informática” com M. Heidegger. UFRJ-IFCS, , 2005. Disponível em: <https://www.academia.edu/43690212/O_que_%C3%A9_inform%C3%A1tica_e_sua_ess%C3%AAncia_Pensando_a_quest%C3%A3o_da_inform%C3%A1tica_com_M_Heidegger>

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Essência da Informática, SIG ou sig