O SIG “em potência” no sig só se tornará uma realidade, ou seja se realizará, pela coalescência de pessoa-técnica-problema-organização em um “meio” propício, de forte natureza técnica-científica-informacional, e sem deixar em momento algum de ser conduzido e regido pela tecnologia da informação e da comunicação (TIC) que lhe é central, o sig. O papel da pessoa é da maior relevância para a atualização do SIG, passagem de potência à ato do sig. Este papel pode se resumir a uma condição de marionete, como assistente periférico do sig, em um processo totalmente direcionado, ordenado e regido pelo sig. Ou, este papel pode ser de reconhecimento da “autonomia” do sig e do necessário acompanhamento e supervisão do processo para evitar o equívoco de uma “autonomia” do SIG e, por conseguinte, a subserviência total a sua produção e seus resultados. Caso contrário, o sig enquanto GIS (Geographic(al) Information System) será o trampolim para o utópico delírio de muitos de seus aficionados, o cig, Ciência da Informação Geográfica (com a mesma sigla inglesa, GIS – Geogaraphic(al) Information Science).

Mas, sem nos precipitar, examinemos primeiramente uma surpreendente semelhança dos componentes do modelo figurativo com as causas aristotélicas, enquanto aquelas que, segundo Heidegger, “devem e respondem” pela constituição de um ente.

Murilo Cardoso de Castro