Categoria: Ortega y Gasset
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Ortega y Gasset – Meditação da Técnica (índice)
Meditação da Técnica José Ortega y Gasset Tradução e Prólogo de Luís Washington Vita PREFÁCIO Com o nome de Meditação da técnica, ofereço ao público um curso desenvolvido no ano de 1933 na Universidade de Verão de Santander, que então foi inaugurada. Este curso, como observará em seguida o leitor, não foi, propriamente, escrito, pois…
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Ortega y Gasset (Obra V) – Modernidade
Excertos de Obra Completa Tomo 5 – Ortega y Gasset Galileo nos interesa no así como así, suelto y sin más, frente a frente él y nosotros, de hombre a hombre. A poco que analicemos nuestra estimación hacia su figura, advertiremos que se adelanta a nuestro fervor, colocado en un preciso cuadrante, alojado en un…
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Ortega (Técnica) – Apêndice IV
Destas considerações sobre a polêmica aberta na Inglaterra em torno das investigações físicas mais características da hora atual se depreende, pelo menos, que esta grande ciência atravessa uma etapa perigosa. Perigosa porque caminha sem clareza suficiente sobre si mesma. Não se sabe bem qual é o caráter de conhecimento próprio à física. Não se sabe…
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Ortega (Técnica) – Apêndice III Conversão da física em geometria…
Conversão da física em geometria. — Observação ou invenção — Grécia ou Egito Trata-se, aqui, de uma questão importante: a física, nossa ciência exemplar, encontra-se a ponto de mudar subitamente de aspecto e de caráter. O leitor, por mais distanciado que esteja dos estudos científicos, tem obrigação de esforçar-se em conhecer pelo menos suas grandes…
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Ortega (Técnica) – Apêndice II Propaganda do bom-humor…
Propaganda do bom-humor. — Física e guarda-roupa. — Ou filósofo ou sonâmbulo Não creio que a polêmica suscitada pelo Dr. Herbert Dingler no semanário inglês Nature contribua para esclarecer as coisas. Inspirou-a o mau-humor. E o mau-humor é estéril. Todas as grandes épocas souberam sustentar-se sobre o abismo de miséria que é a existência, graças…
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Ortega (Técnica) – Apêndice I Uma polêmica na região mais pacífica
O planeta se pôs nervoso e quase não há países, grupos, homens que conservem plena serenidade . Isto revela, está claro, que a serenidade anterior não era profunda nem sólida. E isso convida a que se vá pensando a sério sobre quais são as condições que permitiriam ao homem, pelo menos ao homem do Ocidente,…
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Ortega (Técnica) – Apêndice – Vicissitudes nas ciências
É interessante estudar a história das ciências sob a imagem de que cada uma delas fosse uma pessoa, ou, melhor, uma série de pessoas que se sucedem no tempo, representando as gerações. Sob este suposto, aparece cada ciência comportando-se como um indivíduo, dotada de determinado caráter reagindo ante os demais acontecimentos humanos, soberba e agressiva…
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Ortega (Técnica) – XII O tecnicismo moderno
O tecnicismo da técnica moderna se diferencia fundamentalmente daquele que inspirou todas as anteriores. Surge nas mesmas datas que a ciência física e é filho da mesma matriz histórica. Vimos como até aqui o técnico, obcecado pelo resultado final que é o apetecido, não se sente livre diante dele e busca meios que de um…
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Ortega (Técnica) – XI Relação em que o homem e sua técnica se encontram hoje…
Vimos como o estádio de evolução técnica em que hoje nos achamos se caracteriza: 1.° Pelo fabuloso crescimento de atos e resultados técnicos que integram a vida atual. Enquanto na Idade Média, na época do artesão, a técnica e a naturalidade do homem pareciam compensar-se e a equação de condições em que a existência se…
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Ortega (Técnica) – X A técnica como artesanato. A técnica do técnico
Passemos ao segundo estádio: a técnica do artesão. É a técnica da velha Grécia, é a técnica da Roma pré-imperial e da Idade Média. Eis aqui em rapidíssima enumeração, alguns de seus caracteres: 1.° O repertório de atos técnicos cresceu enormemente. Não tanto, contudo, — é importante notá-lo — para que o súbito desaparecimento, crise…
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Ortega (Técnica) – IX Os estádios da técnica
O assunto é difícil e eu vacilei não pouco antes de decidir-me por um ou outro princípio seguindo ao qual pudéssemos distinguir esses estádios. Evidentemente é preciso rejeitar o que fora mais óbvio: segmentar a evolução fundando-se no aparecimento de tal ou qual invento que se considera muito importante e característico. Tudo o que venho…
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Ortega (Técnica) – VIII As coisas e seu “ser”…
AS COISAS E SEU “SER”. — A PRÉ-COISA. — O HOMEM, O ANIMAL E OS INSTRUMENTOS. — A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA Gastei este pouco de tempo em desenvolver, ainda que brevissimamente, os anteriores exemplos, movido pelo desejo de que não ficasse abstrato e confuso na mente dos senhores o que seja esse programa, esse ser…
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Ortega (Técnica) – VII O tipo “gentleman”…
VII O TIPO “GENTLEMAN”. — SUAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS. — O “GENTLEMAN” E O “HIDALGO” Mas, que é ser gentleman? O caminho mais rápido para compreendê-lo — já que necessitamos poupar ao extremo o número de palavras — se nos oferece se, exagerando as coisas, dizemos: o comportamento que o homem costuma adotar durante os breves…
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Ortega (Técnica) – VI O destino extranatural do homem…
Nas lições anteriores procurei sugerir quais são os supostos que têm que dar-se no universo para que nele apareça isso que chamamos técnica. Dito em outra forma, a técnica implica tudo isso que enunciamos: que há um ente cujo ser consiste, antes de tudo, no que ainda não é, num mero projeto, pretensão ou programa…
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Ortega (Técnica) – V A vida como fabricação de si mesma…
V A VIDA COMO FABRICAÇÃO DE SI MESMA. TÉCNICA E DESEJOS Sob esta perspectiva, a vida humana, a existência do homem aparece consistindo formalmente, essencialmente num problema. Para os demais entes do universo existir não é problema — porque existência quer dizer efetividade, realização de uma essência; por exemplo, que “o ser touro” se verifique,…
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Ortega (Técnica) – IV Excursões ao subsolo da técnica
As respostas que se deram à pergunta — que é a técnica? — são de uma pavorosa superficialidade. E o pior do caso é que não se pode atribuir ao acaso. Essa superficialidade é compartida por quase todas as questões que se referem verdadeiramente ao humano no homem. E não será possível pôr alguma clareza…
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Ortega (Técnica) – III O esforço para poupar esforço é esforço…
III O ESFORÇO PARA POUPAR ESFORÇO É ESFORÇO — O PROBLEMA DO ESFORÇO POUPADO — A VIDA INVENTADA Meu livro A rebelião das massas1 está inspirado, entre outras coisas, pela espantosa suspeita que sinceramente sentia então — ali por 1927 e 1928; notem-no os senhores, as datas da prosperity — de que a magnífica, a…
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Ortega (Técnica) – II O estar e o bem-estar…
II O ESTAR E O BEM-ESTAR. — A “NECESSIDADE” DA EMBRIAGUEZ. — O SUPÉRFLUO COMO NECESSÁRIO. — RELATIVIDADE DA TÉCNICA. Atos técnicos — dizíamos — não são aqueles em que o homem procura satisfazer diretamente as necessidades que a circunstância ou natureza as faz sentir, mas precisamente aqueles que levam a reformar essas circunstâncias eliminando…
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Ortega (Técnica) – I Primeira escaramuça com o tema
Um dos temas que nos próximos anos será debatido com maior brio é o do sentido, vantagens, danos e limites da técnica. Sempre considerei que a missão do escritor é prever com ampla antecipação o que será problema, anos mais tarde, para seus leitores e proporcionar-lhes a tempo, isto é, antes de que o debate…
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