A partir desta concepção, seria válida qualquer tentativa de se identificar domínios de tarefas (referentes a diferentes paisagens organizacionais), além daqueles cobertos pela tradicional “informatização de escritórios”1 em curso, onde possam se constituir especificamente artefatos do tipo SIG.

Refiro-me, como sempre, ao SIG, enquanto um aparato determinado por um modelo genérico de Geoprocessamento, segundo o paradigma informático, porém com uma vestimenta condizente, exatamente de acordo, com sua esfera de atuação, segundo um ideal de gestão e um “sistema-objeto”, onde se candidata como aplicação.

Segundo essa linha de pensamento, o SIG tem na organização, e em especial no meio ou paisagem em que busca se coadunar, um “pano de fundo” hermenêutico para a interpretação de sua natureza, sobre o qual se poderiam identificar os seguintes domínios particulares de tarefas, candidatas a seu uso: marketing, administração pública, análise sócio-espacial, análise ambiental.

Esses domínios de tarefas, ou esferas de aplicação potencial do SIG, vêm passando por toda a sorte de mudanças, uma metamorfose que tem como principal catalisador o fato de estarem submetidas a própria informatização. De fato, enquanto categorias de tarefas, simbolizadas de forma sintética pela pedra do modelo figurativo, elas impõem diferentes requisitos sobre o componente alavanca, assim como são, pelo mesmo, influenciadas, e até condicionadas.

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  1. A aplicação generalizada da informática para apoiar todo trabalho de escritório, incluindo as atividades de comunicação interna e externa, predominantes dentro de um escritório. 

Natureza do SIG