Esta figura do excelente livro de Nicholas Chrisman, Exploring Geograpahic Information Systems, vai nos ajudar a esboçar a dinâmica do SIG, que, pelo modelo figurativo do SIG, parece se reduzir apenas ao movimento da tríade pessoa-alavanca-pedra. De fato, esta tríade reside e se têm sua atuação dentro das três elipses centrais desta figura, definitivamente de modo pleno nas duas elipses centrais, medida e representação. Segundo nossa proposta de estrutura do SIG, base de coordenadas de objetos geoespaciais e base de atributos georeferenciados a estes objetos geoespaciais. Por sua vez, a terceira elipse abrange algo mais do que o desempenho da tríade, especialmente em sua articulação com a elipse superior, das “transformações”. Nesta última se situa o projeto de pesquisa onde vai se implementar um sig e onde vai se encerrar a dinâmica da tríade. Estas transformações e operações devem reunir o desenho do modelo de representação e análise espacial, com base na matriz teórica que deve reger a pesquisa científica em que se desenvolve um SIG desde o sig que se utiliza. As elipses mais externas, contexto institucional e contexto sócio-cultural, estabelecem que Heidegger, denominaria o mundo circunvisivo (Umwelt), ou mais simplesmente o âmbito e a atmosfera em que a pesquisa se apresenta e se articula com o meio técnico-científico-informacional em que surge enquanto proposta de pesquisa. Esta visão muito sumária busca apenas dar uma notícia sobre a complexa dinâmica das zonas de influência e de atividade que abarcam o modelo figurativo do SIG.

Murilo Cardoso de Castro