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Categoria: Essência da Informática

  • de Castro: Da matematização da Natureza à naturalização da matemática

    Como muito bem coloca Merleau-Ponty: “Não foram as descobertas científicas que provocaram uma mudança na ideia de Natureza. Foi a mudança na ideia de Natureza que permitiu estas descobertas. Foi desta forma que uma concepção qualitativa do Mundo, impediu Kepler de admitir a lei da gravitação universal. Faltou a ele substituir, à Natureza dividida em…

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  • de Castro: O “momento original” da matematização da Natureza

    Denominamos “momentos”, o que deveria ser melhor compreendido como “processos” ao longo de “períodos”, possivelmente ilimitados, e que desta forma continuam competindo no campo das ideias. A questão que nos importa, já antecipada em «Tudo está ordenado segundo o Número», poderia ser construída de outro modo. Tanto Koyré1, como outros autores, usam a mesma expressão…

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  • de Castro – «Tudo está ordenado segundo o Número»

    C.S. Lewis, professor de inglês medieval e renascentista na Universidade de Cambridge, percorre em um de seus livros menos conhecido1 o labirinto de sentidos e usos de algumas palavras inglesas, reencontrando suas genealogias e seus “termos ancestrais” — vocábulos gregos, latinos e ingleses em seus sentidos originais. Entre essas palavras, o termo Natureza (Nature) é…

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  • de Castro – A informática sob a ótica das causas aristotélicas

    Mas retomemos, de novo, o nosso caminho de reflexão sobre o que é a informática, sob a ótica das causas aristotélicas, interpretadas como metáforas sobre a imagem da bola de cristal. Reconhecemos um elemento decisivo no “dar-se da informática”, o contexto imediato. Este contexto ganha expressão e sentido, com a menor distorção possível, a partir…

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  • de Castro – Uma analogia ao computador

    Dentre as diversas figuras de Escher, aquela denominada “Mão com esfera reflexiva” (que denominamos bola de cristal) pode servir de forma magistral para revelar algo sobre a natureza do computador, segundo a ótica da teoria aristotélica das quatro causas, interpretada por Heidegger, “o que é a informática?”. Através de nossa análise da pretensa analogia desta…

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  • de Castro – O dar-se e propor-se da informática, à luz das causas aristotélicas

    No caso da informática, apesar do predomínio da concepção instrumental, é necessário encontrar uma relação livre com esta técnica, que nos permita ver através deste véu discursivo ordinário as formas essenciais que se insinuam e conformam sua aparência de técnica da informação. Enquanto meio, a informática é algo pelo qual alguma coisa é operada e…

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  • de Castro – Razão e proporção

    Abellio faz algumas constatações interessantes, em função da ideia de “proporção” que agora se impõe à simples e ingênua relação sujeito-objeto, através desta análise da percepção. Primeiro, toda relação ou razão de dois termos se exprime pela presença implícita, nesta mesma relação, de um terceiro termo, que não se revela. Este terceiro termo, imanente à…

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  • de Castro – Análise da percepção proposta por Abellio

    Na tentativa de melhor elucidar as etapas do processo em que, simultaneamente, se dá a constituição do objeto técnico (prático ou teórico) e a instituição do “eu”, Abellio propõe uma análise da percepção. A exemplo do que fez Merleau-Ponty (1945) na Fenomenologia da Percepção, Abellio recupera o significado da percepção na identificação de uma estrutura…

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  • de Castro – Etapas da gênese do “eu”, segundo Abellio

    Retomando as etapas ou os sacramentos, definidos por Abellio, temos primeiramente, a “Concepção”, enquanto evento que me constitui como “ser-no-mundo”, porém um mundo ainda pouco diferenciado no seio de minha mãe, guardando uma certa analogia com as “águas indiferenciadas” do Gênesis bíblico. Ao final da gestação tem lugar a segunda etapa, o “Nascimento”, por meio…

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  • de Castro – A noção histórica de meio em Canguilhem

    Segundo Georges Canguilhem (1971), sobre o qual se baseia em grande parte as reflexões que se seguem, “a noção de meio está em vias de se tornar um modo universal e obrigatório de apreensão da experiência e da existência dos seres vivos, e pode-se quase falar de sua constituição como categoria do pensamento contemporâneo”. Para…

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  • de Castro – Informática

    O termo “informática”, em sua etimologia, designa uma técnica, no caso, uma “técnica da informação”, ou como se costuma chamar, dada a incorreta assimilação de técnica e tecnologia, uma “tecnologia da informação”. Com o uso e a aplicação crescente desta tecnologia em todos os campos de atividade humana, o termo “informática” passou a significar muito…

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  • de Castro – Afinal, o que É a informática?

    Lamentavelmente, as respostas à questão “o que é a informática?” não conseguem evitar o lugar-comum das definições baseadas seja na funcionalidade, seja na estrutura, seja nas aplicações do computador. É muito difícil ver a informática além do computador. A pobreza das respostas dadas à questão “o que é a informática?” demonstra que todas sofrem da…

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  • de Castro – Engenho de Representação – Linguagem

    Há um processo em curso que faz com que a representação da linguagem não seja determinada a partir dela mesma, do falar um com o outro, mas sim pela maneira como o computador fala e calcula isto. A equiparação da linguagem com o computador. Este destino da Física, que chegou agora à Física Nuclear, inquieta…

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  • de Castro – Engenho de Representação — Camadas Operacionais

    Qualquer tecnologia da informação não é uma tabula rasa. Sobre sua base material, organizando circuitos lógicos e aritméticos e memória, segundo um sistema binário, já opera um programa, composto por algoritmos e dados simbólicos, que estabelece seu modo performativo e sua interface na interação com seu usuário. Sobre esta camada de programação, representando o engenho,…

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  • de Castro – Com-posto informacional-comunicacional

    A representação do “com-posto informacional-comunicacional” de razão e de memória humanas relativos a um ato ou um fato, sob a forma de algoritmos operando sobre dados simbólicos, é um modelo informacional-comunicacional. Na perspectiva da física matemática o modelo guarda certa analogia e pontos de referência com a realidade física estudada, enquanto no cognitivismo efetua-se um…

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  • de Castro – Cognitivismo e Representação

    Assim sendo a tese capital do cognitivismo, que provém diretamente do pensamento cibernético, é que a vida da mente, do cérebro, e do pensamento, nada mais é que um cálculo lógico, ou, para qualquer fim que seja, pode-se representar como tal. Um ato ou um fato humanos e o comportamento humano que os acompanham, podem…

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  • de Castro – Lei, algoritmo e simulação

    Eis, agora a questão fundamental de todo Atlas: de que se deve levantar uma carta? Resposta evidente: dos seres, dos corpos, das coisas… que não se podem pensar de outro modo. Por que não desenhamos jamais, com efeito, as órbitas dos planetas, por exemplo? Porque uma lei universal prediz suas posições; que fazer de um…

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  • de Castro – Engenho de Representação – Transformador de Metáforas

    Em termos bem concretos, na aplicação do engenho em um processo de informatização, desponta o modelo informacional digital como paradigma na construção da representação de um fenômeno. Como um elemento fundamental deste novo Discurso do Método, este modelo informacional, exógeno à qualquer disciplina que dele faça uso, determina uma forma digital para a representação de…

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  • de Castro – Era da Informação – Era da Representação

    A problemática da representação em si e no tocante a representação de fenômenos, através de discursos descritivos, dados quantitativos, modelos matemáticos e estatísticos, cartas e mapas, imagens de satélites, reúne por si só temas de reflexão que acumularam e ainda acumulam uma imensa bibliografia. Tanto mais pela importância, e, em grande parte, pelo natural modismo…

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  • de Castro – A informática, engenho de representação

    Martin Heidegger, em um de seus ensaios, “A época das concepções do mundo” , faz uma longa meditação sobre a essência da Modernidade, ou dos Tempos Modernos, a partir do questionamento a respeito da “concepção moderna do mundo”. A metafísica funda uma era ao meditar sobre a essência de um ente, estabelecendo uma interpretação determinada…

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