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Tag: ciência

  • Gusdorf («La révolution galiléenne») – racionalidades confrontantes no século de Galileu

    G. Gusdorf, La révolution galiléenne, op. cit., p. 94. A Europa é atingida, no final do século XVI, por uma profunda crise intelectual e moral, afetando o pensamento, científico, a teologia, a literatura e as artes. No domínio científico, duas racionalidades estão em confronto: a) a Aristotélica, pretendendo ser uma racionalidade das essências, não consegue…

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  • Japiassu: Bacon

    Em meu livro Francis Bacon: O profeta da ciência moderna (São Paulo, Letras & Letras, 1995), mostro que não podemos superestimar o pioneirismo de Bacon nem tampouco subestimar sua real relevância histórica de inovador. Ele surge, na aurora da modernidade, se não como um de seus criadores, pelo menos como seu profeta mais importante, como…

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  • Holton – “Revolução”

    Segundo o historiador das Ciências Gerald Holton, o conceito de ” Revolução”, na expressão “revolução científica”, não é tão evidente assim. Uma revolução separa a história em duas eras irreconciliáveis: depois de 1789, passamos da realeza à república, mas depois de uma revolução científica, continuamos a falar de ciência. Para explicar como se produzem as…

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  • Japiassu – A noção de precursor em «história das ciências»

    A Revolução Científica Moderna A rigor, se houvesse precursores, a história das ciências perderia todo o seu sentido. Porque a própria ciência só aparentemente teria dimensão histórica. Um precursor seria um pensador que teria percorrido antes um pedaço do caminho que outro iria terminar. Ora, antes de colocarmos juntos dois pesquisadores, numa sucessão lógica de…

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  • Poincaré – Moral e Ciência

    [wiki]Henri Poincaré[/wiki], Dernieres Pensées, 1924, pp. 223-247. Esta ciência dos costumes não é uma moral; nem o será jamais; não pode substituir-se à moral, como um tratado de fisiologia da digestão não pode fazer as vezes de um bom jantar. [Poincaré] Na segunda metade do século XIX houve quem imaginasse criar uma moral científica. Não…

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  • Heidegger (GA27) – verdade científica

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  • Fourez – os paradigmas e suas eventuais mudanças

    FOUREZ, Gérard. A Construção das Ciências. Tr. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: EDUSP, 1985 A incomensurabilidade dos paradigmas A analogia dos quadrinhos permite também compreender melhor a dificuldade que pode haver em comparar diferentes tipos de interpretações científicas. Se tenho duas histórias diferentes, não posso encontrar um critério preciso para compará-las, pois os critérios precisos…

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  • Fourez (Ciência) – O desenvolvimento das abordagens paradigmáticas

    O funcionamento da ciência no período paradigmático pode ser comparado ao desenvolvimento das tecnologias materiais. Também elas começam por períodos “pré-paradigmáticos”. Assim, no final do século XIX, uma série de pesquisas aqui e ali acabou criando uma nova tecnologia e um novo conceito: o automóvel. No século XX, esse conceito está bem definido. Desse modo,…

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  • Fourez – Disciplinas estabelecidas: período paradigmático

    Gérard Fourez, A Construção das Ciências Quando uma disciplina está “estabelecida”, fala-se de período paradigmático. É a época durante a qual ela tem o seu objeto construído de maneira relativamente estável, e suas técnicas são relativamente claras. Nesse momento, os problemas não são mais definidos tanto pelas demandas “externas” quanto por termos “disciplinares”. Será preciso,…

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  • Fourez (Ciência) – Nascimento de uma disciplina: período pré-paradigmático

    O período durante o qual uma disciplina está a ponto de nascer, o momento em que ela é ainda relativamente flexível chama-se, de acordo com o grupo de Stanberg (um grupo de filósofos alemães, cf. Stengers, 1981), a fase pre-paradigmatica. É o período em que as práticas das disciplinas não estão ainda bem definidas como,…

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  • Fourez (Ciência) – Evolução das disciplinas científicas

    Antes que uma disciplina nasça, não é sem dúvida possível dizer a forma que ela tomará mais tarde. Nisto pode-se comparar a ciência — tecnologia intelectual — com as tecnologias materiais: o que sucederá à tecnologia automotiva não é pré-determinado, mas é o fruto de um desenvolvimento histórico contingente (isto é, não absolutamente necessário). Assim,…

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  • Fourez – A comunidade científica, uma corporação com seus próprios interesses

    Gérard Fourez, A Construção das Ciências A comunidade científica se estrutura parcialmente, como vimos, por interesses determinados pelas organizações sociais às quais ela se alia, e pelas estruturas econômicas necessárias a seu funcionamento. Ela não é o grupo “neutro e desinteressado” que por vezes ela imagina ser. A maneira de pensar da maior parte dos…

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  • Fourez – A comunidade científica pertence à classe média

    Gérard Fourez, «A CONSTRUÇÃO DAS CIÊNCIAS» No entanto, com toda a sua diversidade, a comunidade científica não ocupa uma posição aleatória na sociedade: ela pertence à classe média de nossa sociedade industrial (nos países em desenvolvimento, a comunidade científica ocupa uma posição social diferente, o que exigiria uma análise mais apurada, muito importante para compreender…

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  • Fourez – A comunidade científica, um grupo menos unido do que se diz

    Gérard Fourez, «A CONSTRUÇÃO DAS CIÊNCIAS» Pratica-se na comunidade científica, como em outros grupos, uma divisão de trabalho que engendra divergências de interesses. Os estudantes percebem isso logo: quando têm de entregar um texto para concluir a licenciatura, vivem muitas vezes uma tensão entre os seus interesses (o seu aprendizado) e os do laboratório ou…

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  • Fourez (Ciência) – O porquê da filosofia em um programa de ciências

    “Por que dar um lugar à filosofia na formação dos cientistas?”. Poderíamos perguntar também: “Por que um curso de informática para um químico?”, ou: “Por que um curso de ciências naturais para um matemático?”. A essas questões não existe uma resposta científica: a resposta é do âmbito de uma política universitária. Impõem-se matérias em um…

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  • Claude Chrétien – A ciência se transforma em mito

    Claude Chrétien, «A Ciência em Ação» Assim, quando Auguste Comte saúda, como todo o século XIX , a “revolução” científica e o advento do “estado positivo”, está confiando à ciência o encargo de garantir, na ordem religiosa e política, a substituição dos mitos ou ideologias obsoletos. O que quer dizer que, se ele consagra a…

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  • Ladrière: Verdade e Praxis no Procedimento Científico

    Publicado originalmente sob o título: “Vérité et praxis dans la démarche scientifique”, Revue Philosophique de Louvain, tomo 72, maio 1974, pp. 284-309. (trad. Maria José J.G. de Almeida) Ao fazer da verificação um dos problemas capitais e, em certo sentido, o problema essencial da démarche científica, o neopositivismo recorria, pelo menos implicitamente, a um conceito…

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  • Ladrière: A CIÊNCIA

    Capítulo retirado do livro “Os desafios da racionalidade”. Trabalho desenvolvido por solicitação da UNESCO em 1977 e publicado pela Ed. Vozes A ciência pode ser considerada como a soma atual dos conhecimentos científicos, como uma atividade de pesquisa ou ainda como um método de aquisição do saber. O aspecto sob o qual ela se manifesta…

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  • Ladrière – A diferença entre a filosofia e a ciência e sua relação mútua

    Mas onde, então, estará a diferença? Aparentemente chegamos ao mesmo ponto. Somos levados a dizer que a mesma perspectiva será encontrada na filosofia e na ciência: a perspectiva de um autêntico saber que deve ser ao mesmo tempo um saber da totalidade e um saber da singularidade. Como será possível, então, explicar a dualidade que…

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  • Ladrière – A ideia diretriz da ciência

    Se nos voltarmos agora para a ciência — ainda compreendida no sentido da ciência positiva — veremos que, por um lado, a ciência visa sempre um domínio particular. A ciência é ciência da vida, ou da natureza, ou da sociedade e assim por diante. Por outro lado, a ciência atinge apenas generalidades. Ela se afasta,…

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